In memoriam ou in memorian

A forma correta é in memoriam. A expressão in memorian está errada e não deve ser usada.

Dentre as duas opções, a única correta é in memoriam, grafado com m no final. In memorian, apesar de manter o mesmo padrão sonoro, é versão incorreta e deve ser evitada no processo de escrita.

In memoriam

A locução in memoriam é originária do já extinto idioma latino, tendo sido importada sem alteração de grafia, na íntegra. Por exercer a função de advérbio, ou seja, de acrescentar uma informação de modo a um verbo (principalmente), adjetivo ou outro advérbio, dizemos que in memoriam é uma locução adverbial, isto é, duas ou mais palavras juntas, com um único sentido, e com a função de advérbio.

Há dois usos centrais para a expressão, sendo o primeiro o mais comum e conhecido do grande público: homenagear, lembrar ou fazer referência a alguém já falecido, recurso muito usado em epitáfios, convites de casamento, placas de honra ao mérito, entre outros.

Exemplos com in memoriam

  • Homenageamos o patrono deste hospital, José Carlos Guimarães (in memoriam) por meio da entrega da honra ao mérito.
  • Dedicamos a pesquisa à professora Talita Ferraz (in memoriam), que tanto nos incentivou nos estudos aplicados.

Outro uso possível é o do campo literário, referenciando-se à publicação de uma obra literária posteriormente ao falecimento de seu autor, constituindo assim uma homenagem. Podemos também usar o recurso no caso de álbuns musicais, quando já houve o falecimento do artista responsável. Analise as sentenças abaixo para compreender melhor a aplicação:

  • O último livro da trilogia de terror do autor Marcos Bessani foi publicado in memoriam.
  • O álbum This Is It, do cantor Michael Jackson, foi lançado in memoriam.

Por se tratar de termo fora da língua portuguesa, devemos grafar in memoriam em itálico, na digitação, e entre aspas, à mão.